segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A prova

É um dia como todos os outros eu tomo meu leite com café, ou café com leite, como preferir. Após ter levantado da cama como que em um susto, escovado os dentes, penteado os cabelos. Enquanto tomo o líquido, penso, lá vem mais uma prova, como vou fazer?! Não estudei, se quer sei qual a matéria da bendita...
Nisto olho para o relógio, não há mais tempo para nada, são 6:40. Pego a mochila cheia de nada e vou pra escola. Chego cedo como sempre, não tem quase ninguém, mas também não faz diferença, agora é tarde pra pedir qualquer ajuda, colar não sei, mesmo se soubesse, além de ser vergonhoso é impossível. Não havia ninguém que soubesse tão bem a matéria de certo.
Começam a chegar todos, com suas colas preparadas, escrevendo na carteira. Pobres! Nem precisam assinatura. A professora apaga tudo antes da prova. Enquanto alguém vigia da porta a chegada dela eu só vigio a sala, sem me pedirem, e sem motivo ou utilidade.
E ela chega então, com seus óculos escuros, com os quais sempre aplica a prova. E o silêncio é claro, não se faz de pronto. Ela pede, insiste e fim. Todos sentados ao seu poder, esperando a sentença que uma semana depois será dada. Ela distribui as provas e tudo começa.
O cabeçalho, preenchido.
Ela pára o ritual para ler a página e começa com uma mensagem escrita abaixo do cabeçalho.
" O mundo tem a cor que a gente pinta"
Embora ela use óculos esteja vendo tudo meio fosco a frase que ela leu tem forte efeito.